quarta-feira, 11 de março de 2009

É PRECISO SUPERAR AS DESIGUALDADES

As estatísticas educacionais são bastante expressivas quando se tratam das desigualdades a que os negros são submetidos. Essa desigualdade se reproduz de forma ainda mais intensa no mercado de trabalho. Assim enquanto 16,8% de negros maiores de quinze anos eram analfabetos, em 2003 esse valor era de 7,1% para brancos. A média nacional de analfabetos é de 11,6%. A taxa de escolarização por nível de ensino superior é de 14,9% para o homem branco 18,2% para a mulher branca 3,7% para o homem negro e 5,2% para o a mulher negra. A condição para a existência de cidadania é a certeza de todas as pessoas usufruam do direitos civis politicos, sociais, culturais e individuais, ou seja, direito à vida, à liberdade, à igualdade, à propriedade. Entre os direitos culturais, se incluem o de identidade étnica, de opção religiosa, de preservação e valorização das línguas e expressões rituais, musicais, técnicas de trabalho, formas de lazer, saberes, práticas medicas e de cuidados tradicionais. Os direitos individuais contemplam a liberdade de pensamento, de consciência e de sentimentos, o direito ao reconhecimento e ao tratamento digno pelo simples fato de ser pessoa humana.
É no campo desses direitos que pesquisas constatam os enormes contrastes. Os dados estatísticos de mortalidade materna, expectativa de vida, dados de escolaridade, de emprego e renda, de desemprego e acesso a serviços de saneamento e de atenção à saúde referentes a brancos e negros revelam os efeitos do preconceito, da intolerância e da discriminação, com desdobramentos que atingem as demais esferas dos direitos cidadãos. Apesar dos negros enfrentarem um passado difícil, seu espírito de luta, dignidade e criatividade vêm marcando com seu trabalho e sua cultura em todas as suas federações brasileira. (Fonte: O Negro no Rio Grande do Sul, p. 25, Ministério da Cultura, Fundação Cultural Palmares)

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