domingo, 21 de novembro de 2010

Continuem assim...

Realizamos no dia 20/11,sábado,a 1ª mobilização contra o racismo em Araucária,contamos com várias atividades culturais...
Este Grupo está de parabéns por essa e outras iniciativas de combate a exclusão de toda ordem!!!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Lá em Palmares,aprendemos o que é Mobilização!!!

No próximo sábado,dia 20/11/2010,das 10:00h às 14:00h,estaremos na Praça do Seminário (Araucária) em atividade aberta à Comunidade,para transformar este espaço público em ESPAÇO DE DEBATE SOBRE O RACISMO...
Teremos várias atividades entre elas:desfile infantil,afroaeróbica,artesanatos,comidas afrobrasileira,música e muita alegria para festejar "Zumbi" dos Palmares.
Convide e multiplique esta ação,só assim seremos um outro Brasil!!!A hora é de unir esforços!!!

Comemore conosco!!!

Estaremos realizando a 4ª CONFERÊNCIA sobre Africanidades na próxima 6ªfeira
(19/11/2010),na Câmara Municipal de Araucária,as 18:30h,palestra sobre "As Cotas Raciais na Universidade"...
Convide todos a participarem desta atividade juntos podemos reconstruir a história brasileira superando o Racismo...
Aguardamos à todos e à todas...Muito axé!!!

domingo, 7 de novembro de 2010

VOCÊ SABE O QUE É ABAYOMI???

CECAB - Lenço de Seda
CECAB - Centro de Estudos da Cultura Afro-Brasileira


Bonecas de Pano

A tradição das bonecas vem desde o Egito dos faraós. Naquela tradição eram bonecas de braços moveis, peruca de cabelos naturais, às vezes acompanhadas de pequenas casas com minúsculas mobílias. Os gregos e os romanos faziam bonecas de madeira ou marfim, com articulações de couro ou tecido.

Na arte popular brasileira é muito comum a confecção de bonecas de pano como a Boneca Abayomi que surgiu no movimento de mulheres negras do Maranhão, tendo sido criada por Lena Martins que buscava na arte popular um instrumento de conscientização e sociabilização.

As bonecas Abayomis são negras feitas com sobras de tecido que são amarrados resgatando a forma mais singela do fazer artesanal , sem uso de costuras e o mínimo de ferramentas. Também constrói-se as bonecas com papel crepom por ser bem flexível. Util em cursos de formação e oficinas com crianças e adolescentes . São inspiradas em personagens de reconhecimento popular como dos contos de fadas, circo, orixás, congado os reis magos entre outros.

Através das Bonecas Abayomis busca-se o fortalecimento e o reconhecimento da identidade afro-brasileira além disto permite à criança ou adolescente construir o seu próprio objeto estímulando a fantasia.
Acervo relacionado a “Bonecas de Pano”

ANTES DE CONCLUIR,LEIA ESTE ARTIGO...

O sítio politicamente incorreto

Percival Puggina | 07 Novembro 2010
Artigos - Governo do PT

Quem pode assegurar que Tia Anastácia não fosse quilombola?

O poderoso Conselho Nacional de Educação (CNE) decidiu emitir uma notificação de censura ao livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, que seria distribuído à rede de ensino do país. A conselheira Nilma Lino Gomes leu a obra e viu nela preconceitos contra a África e racismo. Exigem, então, os conselheiros, que o texto venha precedido de uma reprovação de seus desalinhos ideológicos com a nova realidade nacional. Tenho certeza de que não faltará quem se habilite a produzir esse importante prefácio corretivo. Seja qual for a estupidez, sempre há quem se considere capaz.

Dei uma investigada no Sítio do Pica Pau Amarelo, uma lida no livro e venho em socorro do Conselho: Caçadas de Pedrinho é politicamente incorreto de capa a capa! O sítio inteiro, aliás, está a exigir cuidadosa inspeção do Ministério Público Federal. Em primeiro lugar porque, há muito tempo, era para estar desapropriado (atenção, Incra!). Que negócio é esse? Uma propriedade rural com utilidade apenas ... literária? Péssimo exemplo para estar sendo apresentado à uma juventude que se quer cidadã e comprometida com as causas sociais.

Tem mais, conselheira Nilma. Cadê a certidão de propriedade do sítio? Alguém já a viu? E não me venha o branquela do "seu" Monteiro Lobato com uma simples trintenária julgando que seja suficiente. Não no Brasil moderno! Quem pode assegurar que Tia Anastácia não fosse quilombola? Detentora dos direitos culturais históricos protegidos pelos artigos 215 e 216 da Constituição Federal? Ou dos muito prováveis direitos de posse mencionados no artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Hum? É admissível que uma republicação de Caçadas de Pedrinho, em tempos de Lula e Dilma, deixe de mencionar tais avanços da sociedade brasileira?

Na pesquisa que fiz, encontrei uma foto da negra Anastácia, datada de 1913 (está disponível na Wikipedia). Era magra, de meia idade. Na imagem, aparece tendo ao colo o menino Guilherme, filho de Monteiro Lobato. O autor, reiteradas vezes, admitiu publicamente, que essa Anastácia, essa pobre e infeliz Anastácia, havia inspirado a criação da personagem Tia Anastácia! Basta fazer as contas para perceber que a desventurada senhora foi, ela mesma, escrava. Fugida ou liberta, não importa. E acabou, mais uma vez, sendo explorada pelo patrão branco que promoveu o uso gratuito de seus evidentes direitos de imagem. Pode o Conselho Nacional de Educação silenciar sobre tal iniquidade? Referendar obra que escarnece valores tão significativos? Anota essa outra aí, conselheira Nilma.

Quer mais, o CNE? Debruce-se sobre o personagem Visconde de Sabugosa. Pondere, leitor. O visconde é um personagem da nobreza. Encarna saber e coragem física. Tantas vezes morresse, tantas vezes era ressuscitado com a simples troca do sabugo que compunha seu corpo. É ou não uma exaltação simbólica da elite nacional e de sua perpetuação através dos tempos? Pode haver algo mais antidemocrático e elitista do que um imortal representante da nobreza, além de tudo apresentado como encarnação da sabedoria e do destemor? Eu, hein! E para finalizar: cadê a autorização do Ibama para a Caçada do Pedrinho?




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Por que o racismo no Brasil é tão velado???

Racismo cordial em ação


Publicado em 16/06/2010 no Jornal Gazeta do Povo (PR) - Dora Lucia Bertulio (*)



O Estatuto da Igualdade Racial foi, ao longo dos anos, sendo modificado para que fossem suavizadas as significantes indicações do comportamento racista nacional e, muito especialmente, os nefastos efeitos do racismo institucional que a sua aprovação documentaria.



Tensões, esforços e energia dos militantes do movimento negro nacional, dos companheiros antirracistas e do senador Paulo Paim estão se escoando nessa nova tentativa de sua aprovação, com base em um parecer da Comissão de Consti­­tuição, Justiça e Cidadania mais que enfraquecido pelas modificações realizadas nas duas casas legislativas. Ele retira o fundamento maior do documento que é a exigência da exclusão da palavra "raça" com argumentos pseudocientíficos de genes e genoma, quando o conceito já está consolidado no ideário científico e comum, não somente do Brasil, mas da comunidade internacional. É necessário trazer à memória o esforço da Organização das Nações Unidas (ONU), que reiteradamente tem editado e realizado convenções, conferências e reuniões para indicar aos países membros o fim do racismo e da discriminação racial, exigindo a implementação de políticas públicas para tal objetivo. Veja-se, por exemplo, a Con­venção Inter­­nacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discri­­minação Racial, e a recente III Conferência Mundial para a Eliminação de todas as Formas de Racismo, Discrimi­nação Racial, Xeno­­fo­­bia e formas conexas de Dis­­cri­minação. Seus relatórios e de­­clarações, todos aprovados pe­­lo Estado brasileiro, são ex­­plí­­citos na utilização dos termos "raça" e "racismo" para de­­signar o fenômeno social de uti­lização da discriminação e ex­­clusão social com base no pertencimento racial dos indivíduos.

Assim, a mudança do termo "raça" para "etnia", assim como a retirada da referência à escravidão, a retirada da sub-seção "Do sistema de cotas na educação" e a retirada das proposições de medidas práticas para a promoção da igualdade racial no país nos setores de saúde, mídia e demais áreas de referência de qualidade de vida, são especiais eufemismos, com resultados contundentes para a manutenção das desigualdades sociais. Mais ainda: especialmente as modificações do parecer na comissão do Senado que encaminha o projeto para a votação e aprovação interferem negativamente para a educação da sociedade brasileira, que deveria, sim, ser dirigida para a promoção de uma sociedade justa e de respeito ao papel da população negra como efetiva realizadora e contribuidora do desenvolvimento nacional, desde o período da escravidão até nossos dias.

Em vez disso, o que vemos no projeto modificado é mais um "presentinho do racismo cordial brasileiro", que a um tempo indica um "compromisso" do Estado brasileiro para a promoção da igualdade (racial), mas por outro retira significativamente a efetividade da lei na promoção e implemen­­tação de políticas públicas de real promoção da igualdade racial.

(*) Dora Lucia de Lima Bertulio é Procuradora Federal na Fundação Cultural Palmares

Estamos na organização da 4ª Conferencia e da Mobilização Contra o Racismo...

Neste mês estamos organizando nossa 4ªConferência, com o tema:Cotas Raciais na Universidade...Convidamos todos os interessados em discutir esta temática ...Logo adicionarei o convite,favor divulgar ...